Na vizinhança de Tomar, no centro de Portugal, em terras que outrora pertenceram à Ordem de Cristo, encontra-se a Quinta Casal das Freiras, propriedade da mesma Família desde 1882.
A par de um assento de lavoura tradicional, as vinhas, olival, searas e floresta conferem uma diversificada e harmoniosa paisagem agrícola.

As vinhas do Casal das Freiras, instaladas em solos argilo-calcários de declive suave e ondulado, ocupam uma área total de 15 ha, repartidas por parcelas de diferentes idades, desde as mais velhas, com mais de 60 anos, até ás mais jovens, plantadas há somente 6 anos.
Protegidas ao longe pela Serra d’Aire, a oeste, o clima caracteriza-se por invernos frios e verões secos e quentes que potenciam ótimas maturações das uvas.
Nas castas tintas, predominam as nacionais Castelão, Touriga Nacional e Trincadeira, ao lado das universais Cabernet-Sauvignon, Aragonez, Syrah e Alicante Bouschet. Nas vinhas brancas, predominam o Fernão Pires e a Malvasia Fina.

As vinificações dos vinhos tintos e brancos do Casal das Freiras são conduzidas em adegas separadas e dedicadas.

Na adega dos vinhos tintos, a mais antiga, mantêm-se em uso os diferentes ambientes de vinificação que testemunharam a evolução da técnica de produção desde a época da sua construção original, no início do séc. XX : preservamos os originais lagares de pedra, onde ainda celebramos todas as vindimas com habituais lagaradas e pisa a pé; e continuam igualmente em uso as ânforas argelinas, em cimento, tão características de outros tempos.

Em paralelo com as adegas de produção de vinho, funcionou também no Casal das Freiras, durante a primeira metade do século passado, um lagar de azeite de sistema tradicional, equipado originalmente com um motor a vapor, moinho de galgas de pedra, prensas hidráulicas de capachos e tarefas de barro. Mantemos hoje estas salas e equipamentos totalmente preservados, permitindo recordar o exigente processo de produção de azeite das anteriores gerações.

Os olivais do Casal das Freiras, alguns centenários, estão plantados no sistema tradicional, com compassos largos que permitem a benéfica entrada da luz solar e a difusão dos ventos, criando árvores de porte.

A apanha da azeitona, maioritariamente das variedades Galega e Cobrançosa, é ainda realizada á mão.

Em paralelo com as vinhas e os olivais, a diversificada paisagem do Casal das Freiras mostra outras áreas de campo com ocupações distintas e motivadoras de novos trabalhos : parcelas mais planas onde se cultivam cereais ou forragens, algumas manchas de montado de sobro, onde periodicamente se extrai a cortiça das árvores, e ainda áreas florestais onde predominam os pinheiros, cedros e carvalhos.